top of page
FICHA TÉCNICA

// sinopse

Um cortejo, cantos, viola, pandeiro e fé, a atenção do espaço é convocada, que os caminhares parem e a reflexão inicie, que possamos ver de longe onde estamos. O mundo é bom ou mau? Quando os argumentos se perdem, uma história é lembrada. “Aquilo era só índio e bicho, lá no fundo do sertão” mostra um pedaço de vida de dois sertanejos em algum sertão entre o bem e o mal, onde os dois lados se fundem a tal ponto que não podem ser mais divididos. A Folia vai começar!

 

// RELEASE

   A peça-brincante “Aquilo era só índio e bicho, lá no fundo do sertão” traz uma história construída dentro do universo caipira, que dialóga junto ao autor mineiro João Guimarães Rosa, e as manifestações tradicionais, os chamados folguedos e brincadeiras populares.

    A apresentação começa com um cortejo, inspirado na Folia de Reis. Nesse cortejo os atuadores são influenciados na forma de andar, cantar e dançar pelos foliões da festa dos santos reis, no entanto os cantos não trazem a história do nascimento de Cristo, como tradicional.  O cortejo chama o publico a se juntar aos atuadores para celebrar uma história que nasce a partir da seguinte questão: O mundo é bom ou mau? Esta pergunta é lançada ao público como uma crítica ao dualismo ocidental e o modo de compreender o mundo.

      Na história os caipiras Turíbio Todo e Vinte-e-Um se encontram “ao acaso’’ e o primeiro tenta convencer o segundo que de fato o mundo é mau. Servindo como argumento causos, como são conhecidas as histórias em que o real e o lúdico se confundem na narrativa, são contados. Animais, figuras humanas e fantásticas emergem das histórias e ganham corpo na brincadeira.  

     Fonte de inspiração para a construção do texto dramático, Guimarães Rosa serve como exemplo de ligação entre temas rústicos e anti-racionais, de culturas isoladas, com o pensamento globalizado contemporâneo. A dramaturgia autoral é uma união do conto “O Duelo” do autor mineiro, de onde foram extraídos os dois personagens centrais, e o causo do João Mangalô de um segundo conto, “São Marcos”, ambos da obra Sagarana. A moda de viola Sucuri de Zé Carreiro, é a inspiração para o causo de mesmo nome. Já o terceiro causo da pescaria no Rio Araguaia é uma história contada por um pescador da cidade Arceburgo-MG. Por conta desta dramaturgia fragmentada, a brincadeira pode ter três diferentes versões (com cada um dos causos), dependendo do espaço que será apresentada.

      Em paralelo à criação deste trabalho em 2013, emergiu de seus atuadores a vontade de uma viagem pelos interiores do Brasil junto ao teatro. Em uma circulação independente de 10 meses iniciada em janeiro de 2014, a Caravana Peabiru Teatro cruzou 7 estados brasileiros (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal) em mais de 50 apresentações, e realizando intercâmbio com outros grupos teatrais a partir da Oficina-Cortejo ministrada pelos atuadores do coletivo.

FOTOS

Brincantes: César Cota, Cika Favel, Lohanny Rezende, Rena Costa e Vitor Ribeiro

Sonoplastia: César Cota, Cika Favel e Lohanny Rezende

Dramaturgia: Vitor Ribeiro e Rena Costa

Figurinos: Greco

Produção e direção: Coletivo Peabiru Teatro

 

Agradecimentos

(ou também fizeram parte desta brincadeira)
Ana Claudia Dal Zot, Anyelly Ospina Velez, Beatriz Woeltje Schmidt, Caio De Souza, Danilo Cardoso, Juliana Campos, Paulo Dalí, Paulo Ramon, Pietro Fracchiolla, Rodrigo Benza e Tuany Fagundes.

 

Gênero: Brincante
Espaços: Rua e alternativo

Duração: Entre 30-50 minutos

Classificação: Livre

teatro

c o l e t i v o

bottom of page